quarta-feira, julho 12, 2006

Amor feitiço

Tou farto de decepções.
Fadiga já é grande a cotidiana
E desilusões amorosas que partem o peito.
Antes fossem lâminas
Qu’eu delas me afastaria.

Perfeição é um perfeito conceito
Visor de iludir.
Amor é a ferida cardíaca
Com tétano em essência.
Mas é.
E o é com toda intensidade
Atingindo e incendiando-o
Meteorito assim não doeria.

R
uas trazem vagas lembranças
De momentos de amor perfeitos
Por feitos são artífices das dores.

Lusofonia me consola
Fado mais me conforta.
Ainda resido em mim.

Chora-se pelo todo.

D
esfenetrar-me-ei
Por que eu sei,

Amada feitiça,

O que és pra mim.

Haja o que houver,

Espero por ti.

Eu sei, Eu sei

Quem és pra mim

Amada feitiça.

A Criação: 12/06/2006
A “Escrição” : No intento de expressar minha condição contemporânea, a penúria amorosa, este esboço dum “desenho cursivo” deixo cá. A Amada Feitiça (de mentira, inexistente) é talvez o meu “desenho” qu’eu mais tenha gostado.
Não creio qu’eu contribua pra aumentar o sofrimento dos doloridos e doloridas. Quero que saibam que é possível superar as dores mundanas, há a morte. (risos) “Há a boca a ser beijada (...)” e muito mais. Existem mais de seis bilhões de habitantes no mundo há muito amor em potencial. Amor em seus nuances vários devem ser experimentados.
Não tenho dúvida minha súmula ser o idealismo, amor animado (busca por amá-la Animisticamente, ou seja, da alm’ ao corpo sem fronteiras). Mas já não sei quem é ela. Vejo-me em Largos sombrios e desesperado sem entender o que faço lá. Isso sempre que me caem os pesares de amar sobre os ombros. Não sou Atlas. Choro ao lembrar Atlas não ser, é desnecessário qu’ eu carregue tanto pesar.

Teemu OikoS

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