sexta-feira, julho 29, 2005

Os Caminhos dum Sistema > SiSBR-01 <

A tênue linha da incerteza,
Vossa vulga dúvida.
A cruel certeza de estar incerto.
A frieza com que pessoas recusam
Os certos incertos.
A vulgaridade do amor.

A compaixão condensada como perdoar,
Já é escassa.

Estar incerto sobre as certezas da vida,
E não ter nem UM guia para vos certificar.

Estar incerto sobre as maneiras de viver,
E não ter ninguém para vos dar a mão.
Agora certo de que os delitos, as agressões
Os crimes e a vida bandida são vosso caminho,
Eles já não querem vos dar perdão.

Antes quando vós necessitastes,
Não recebestes a mão.

E agora que já não darão-vos o perdão,
Com a mesma, aquela mão, vos dirão:

MARGINAIS! BANDIDOS! ASSASSINOS!

Criado em: 28 de Julho de 2005
A “Escriçao”: O que me veio na idéia durante a criação foi, a marginalização que sofrem esses que caem na vida bandida afetando nós cidadãos comuns também vítimas desse sistema vicioso. / A marginalização que sofrem, surge, acredito eu, principalmente da camada média que vê mais freqüentemente os marginais.
Já as camadas mais altas, dispõem de recursos que os privilegiam de lonjura suficiente desses desagrados da sociedade do país.
Os marginais são a metamorfose ambulante e eterna (enquanto permanecer assim a nossa vida severina: educação suja e limpeza mal-educada [não confundam com o político, por favor]). São tão vítimas quanto nós. Mas como todos nós bem sabemos, uns resistem mais e outros menos. Aqueles que estão mais por baixo têm apenas um recurso ( quando a vida já não lhes mostra nada além da luz dum trem que adentra um túnel) “marginalizar-se”. Tornam-se adeptos da vida bandida. E nós que no processo todo poderíamos ter evitado isso, agora apenas discriminamos, humilhamos, não compreendemos, julgamos. Antes déssemos a mão, para que não lamentássemos agora a dor de perder, quem sabe, um irmão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tenho mais nada a dizer, além de: Parabéns!